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CENTRO DE REFERÊNCIA EM ENGENHARIA DO ESPETÁCULO TEATRAL EM IMPLANTAÇÃO
(71) 3117-4880 . ctec@tca.ba.gov.br

terça-feira, 19 de outubro de 2010

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EM NOVO ENDEREÇO, O ARMAZÉM CENOGRÁFICO CONTINUA APOIANDO AS PRODUÇÕES TEATRAIS NA BAHIA

Inaugurado no Dia Mundial do Teatro, em 27 de Março de 2003, nas dependências do Centro de Convenções da Bahia, no bairro do STIEP, o Armazém Cenográfico mudou este ano de endereço, e está em pleno funcionamento na rua Mestre Pastinha, no 1, Federação (ladeira vizinha ao CEPARH), em um galpão onde continuam sendo guardados elementos cenográficos (cenários e adereços) de produções voltadas para as artes cênicas em Salvador.

Além da guarda temporária do material, que é gratuita, o espaço oferece serviços de troca e empréstimo de peças, mediante autorização de cada produção. Lá estão ou já estiveram, e às vezes retornam, cenários de grandes, médias e pequenas dimensões de espetáculos do teatro baiano como “Atire a Primeira Pedra”, “4 Meninas”, “Ogum, Deus e Homem”, “Javalis”, “ O Sapato do Meu Tio”, “Luz Negra”, “Dias de Folia”, “Pedro e a Cobra de Fogo” e “O Indignado” entre outros. O atendimento ao público é feito de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Telefone (71) 3116-7807, e endereço eletrônico: armazem.cenografico@tca.ba.gov.br.

Centro Técnico - “Não se trata de um depósito, nem de um museu”, explica o coordenador Gei Correia, informando que o Armazém abriga hoje material de cerca de 80 produções teatrais guardados temporariamente por até um ano, prorrogável por mais quatro meses. “Não existe nenhum custo, e a manutenção do acervo é feito pelo proprietário ou por quem ele autorizar”. A mudança de local foi feita com critério, com o apoio do Centro Técnico do Teatro Castro Alves, a quem o Armazém Cenográfico está diretamente ligado, e é o setor responsável pelo apoio às produções cênicas baianas e também as visitantes. Sua equipe de profissionais domina a arte dos adereços, costura cênica, cenotecnia e luminotécnica. Um dos setores estratégicos do Teatro, o CT está inserido no projeto de Requalificação e Ampliação do Complexo TCA, devendo transformar-se no Centro de Referência em Engenharia de Espetáculos.

Proximidade com o TCA - A mudança do Armazém Cenográfico, do STIEP para a Federação, permitiu maior proximidade física com o Teatro Castro Alves, que é localizado no Campo Grande, o que reduz o custo e o tempo dos carretos. “Efetivamente, nunca encerramos as atividades do Armazém, esclarece o coordenador. “Quando surgiu a questão da mudança, entre janeiro e março deste ano, período típico da ‘entressafra’ de novas montagens, nós apenas deixamos de receber material novo, até que houvesse uma solução”, disse Gei, Acrescentando que, desde setembro, após a reforma e o reordenamento espacial do galpão, um imóvel alugado que mede em torno de 800 m2, o Armazém Cenográfico voltou a funcionar normalmente, e deu início ao processo de atualização dos contratos, hoje em torno de 80, incluindo a entrada de 30 cenários novos.

Prática inédita - O mercado teatral baiano havia chegado a um grau de amadurecimento elevado e as produções precisavam de um espaço adequado para a guarda dos cenários entre as temporadas. Os alugueis destes espaços, muitas vezes, inviabilizavam a continuidade dos espetáculos. O Governo do Estado inaugurou, então, em 2003, o Armazém Cenográfico, no Dia Mundial do Teatro (27 de março) em uma área de cerca de 600 m2 no Centro de Convenções da Bahia. O espaço chegou a abrigar cerca de trezentas produções, oferecendo serviços de manutenção, guarda e empréstimo de cenários. Assim, desenvolveu-se uma prática inédita entre os produtores locais: antes de criarem os cenários, as produções e os cenógrafos consultam o Armazém com o objetivo de ver o que pode ser reaproveitado, barateando assim os custos das produções. 70 por cento do que hoje é montado nos palcos de Salvador referente às artes cênicas, tem o apoio do Armazém Cenográfico.

“Utópico”
- O ator baiano Jackson Costa lembra que “quando soube da criação do Armazém, eu fiquei encantado. A ideia de poder guardar gratuitamente os objetos de um espetáculo e também disponibilizá-los para outras produções merece todo o tipo de apoio. É uma visão utópica, romântica, quase inacreditável nos dias de hoje, quando tudo tem que ser rentável, lucrativo”. Antigamente, tudo se concentrava na Escola de Teatro da UFBA, diz ele. “Mas o Armazém Cenográfico serve para a comunidade toda.”

“Organização e cuidado” - Também o produtor e cenógrafo Maurício Martins dá o seu depoimento: “Falar do Armazém Cenográfico me dá muito prazer, pois acredito que este espaço de reserva e de construção de cenário é um dos setores mais democráticos de toda a máquina governamental. Várias vezes recorri a ele como cenógrafo, solicitando empréstimos de objetos, móveis, cortinas e até mesmo equipamentos cênicos para vários projetos, durante todos estes anos.” Agora em outubro, acrescenta, fazendo a cenografia do FIAC (Festival Internacional de Artes Cênicas), “visitei o Armazém e fiquei encantado com o novo espaço, a sua organização a dedicação dos seus funcionários e dos seus dirigentes. O tratamento de cuidado com os objetos armazenado lá é impressionante. Fiquei muito feliz e muito tranquilo ao poder constatar o carinho que vem sendo depositado neste espaço mágico.”

Fotos: Yuri do Val

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dezembro de 2010