EM NOVO ENDEREÇO, O ARMAZÉM CENOGRÁFICO CONTINUA APOIANDO AS PRODUÇÕES TEATRAIS NA BAHIA
Além da guarda temporária do material, que é gr
atuita, o espaço oferece serviços de troca e empréstimo de peças, mediante autorização de cada produção. Lá estão ou já estiveram, e às vezes retornam, cenários de grandes, médias e pequenas dimensões de espetáculos do teatro baiano como “Atire a Primeira Pedra”, “4 Meninas”, “Ogum, Deus e Homem”, “Javalis”, “ O Sapato do Meu Tio”, “Luz Negra”, “Dias de Folia”, “Pedro e a Cobra de Fogo” e “O Indignado” entre outros. O atendimento ao público é feito de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Telefone (71) 3116-7807, e endereço eletrônico: armazem.cenografico@tca.ba.gov.br.
Centro Técnico - “Não se trata de um depósito, nem de um museu”, explica o coordenador Gei Correia, informando que o Armazém abriga hoje material de cerca de 80 produções teatrais guardados temporariamente por até um ano, prorrogável por mais quatro meses. “Não existe nenhum custo, e a manutenção do acervo é feito pelo proprietário ou por quem ele autorizar”. A mudança de local foi feita com critério, com o apoio do Centro Técnico do Teatro Castro Alves, a quem o Armazém Cenográfico está diretamente ligado, e é o setor responsável pelo apoio às produções cênicas baianas e também as visitantes. Sua equipe de profissionais domina a arte dos adereços, costura cênica, cenotecnia e luminotécnica. Um dos setores estratégicos do Teatro, o CT está inserido no projeto de Requalificação e Ampliação do Complexo TCA, devendo transformar-se no Centro de Referência em Engenharia de Espetáculos.
Proximidade com o TCA - A mudança do
Armazém Cenográfico, do STIEP para a Federação, permitiu maior proximidade física com o Teatro Castro Alves, que é localizado no Campo Grande, o que reduz o custo e o tempo dos carretos. “Efetivamente, nunca encerramos as atividades do Armazém, esclarece o coordenador. “Quando surgiu a questão da mudança, entre janeiro e março deste ano, período típico da ‘entressafra’ de novas montagens, nós apenas deixamos de receber material novo, até que houvesse uma solução”, disse Gei, Acrescentando que, desde setembro, após a reforma e o reordenamento espacial do galpão, um imóvel alugado que mede em torno de 800 m2, o Armazém Cenográfico voltou a funcionar normalmente, e deu início ao processo de atualização dos contratos, hoje em torno de 80, incluindo a entrada de 30 cenários novos.
Prática inédita - O mercado teatral baiano havia chegado a um grau de amadurecimento elevado e as produções precisavam de um espaço adequado para a guarda dos cenários entre as temporadas. Os alugueis destes espaços, muitas vezes, inviabilizavam a continuidade dos espetáculos. O Governo do Estado inaugurou, então, em 2003, o Armazém Cenográfico, no Dia Mundial do Teatro (27 de março) em uma área de cerca de 600 m2 no Centro de Convenções da Bahia. O espaço chegou a abrigar cerca de trezentas produções, oferecendo serviços de manutenção, guarda e empréstimo de cenários. Assim, desenvolveu-se uma prática inédita entre os produtores locais: antes de criarem os cenários, as produções e os cenógrafos consultam o Armazém com o objetivo de ver o que pode ser reaproveitado, barateando assim os custos das produções. 70 por cento do que hoje é montado nos palcos de Salvador referente às artes cênicas, tem o apoio do Armazém Cenográfico.
“Utópico” - O ator baiano Jackson Costa lembra
que “quando soube da criação do Armazém, eu fiquei encantado. A ideia de poder guardar gratuitamente os objetos de um espetáculo e também disponibilizá-los para outras produções merece todo o tipo de apoio. É uma visão utópica, romântica, quase inacreditável nos dias de hoje, quando tudo tem que ser rentável, lucrativo”. Antigamente, tudo se concentrava na Escola de Teatro da UFBA, diz ele. “Mas o Armazém Cenográfico serve para a comunidade toda.”
“Organização e cuidado” - Também o produtor e cenógrafo Maurício Martins dá o seu depoimento: “Falar do Armazém Cenográfico me dá muito prazer, pois acredito que este espaço de reserva e de construção de cenário é um dos setores mais democráticos de toda a máquina governamental. Várias vezes recorri a ele como cenógrafo, solicitando empréstimos de objetos, móveis, cortinas e até mesmo equipamentos cênicos para vários projetos, durante todos estes anos.” Agora em outubro, acrescenta, fazendo a cenografia do FIAC (Festival Internacional de Artes Cênicas), “visitei o Armazém e fiquei encantado com o novo espaço, a sua organização a dedicação dos seus funcionários e dos seus dirigentes. O tratamento de cuidado com os objetos armazenado lá é impressionante. Fiquei muito feliz e muito tranquilo ao poder constatar o carinho que vem sendo depositado neste espaço mágico.”
Fotos: Yuri do Val
Proximidade com o TCA - A mudança do
“Utópico” - O ator baiano Jackson Costa lembra
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Assessoria de Comunicação do TCA
Tel.: 3117- 4832/4833/ Fax: 3117-4872
ascom@tca.ba.com.br
dezembro de 2010
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